O que é uma Stablecoin descentralizada?

O mercado das criptomoedas realmente mudou todo o jogo quando o assunto são formas de diferentes ativos. Antes, normalmente você poderia investir em ações e até mesmo em moedas como um forex, mas dificilmente teria uma variedade tão grande de opções.

Mas hoje, é possível notar que grande parte das pessoas encontra uma série de possibilidades com uma coisa chamada stablecoin. Que é utilizada para transações principalmente em DeFis e outras oportunidades e câmbio no mercado.

Estas stablecoins são na verdade uma cripto lastreada em alguma moeda fiat. E assim você pode considerar que é uma forma eletrônica de transacionar a mesma, permitindo uma série de outras finalidades.

Porém, recentemente foram criadas outras oportunidades com as Stablecoins descentralizadas. Estas vão entregar uma experiência mais completa e diferenciada para as pessoas envolvidas que busca atender ao grande ideal das criptomoedas, a descentralização absoluta dos meios financeiros.

O Que é uma Stablecoin descentralizada?

Como funciona uma Stablecoin descentralizada?

Uma Stablecoin descentralizada é a mesma coisa que uma stablecoin comum, mas como existe o óbvio problema de uma estrutura descentralizada mexer com ativos físicos ou mesmo com coisas que possuem trâmites burocráticos, o lastro funciona um pouco diferente.

Neste caso, o lastro normalmente é dado em cima de uma outra criptomoeda, e assim você consegue ter um protocolo que faz as trocas e mantém tudo em estabilidade.

Um dos protocolos mais comuns faz com que você tenha seus ativos presos dentro do protocolo em um contrato inteligente. Isto irá permitir que você consiga ter um valor sacado um pouco menor naquela moeda estável.

É o que chamamos de uma stablecoin sobrecolateralizada, ou seja, você basicamente faz um empréstimo deixando em garantia uma quantidade x de criptomoedas e recebe em troca, 80% do valor dado em garantia na forma de um stablecoin. É o que ocorre, por exemplo, com a DAI Stablecoin.

O objetivo é garantir uma certa segurança para que não haja uma flutuação tão grande no mercado a ponto do sistema ter prejuízos, pois, se em algum momento as criptomoedas dadas em garantia caírem em cotação 20%, o contrato é automaticamente liquidado e os ativos vendidos no mercado para cobri-lo.

 

Stablecoins Algorítimicas e seus possíveis problemas

Alguns protocolos novos acabaram tendo situações em que realmente ficou difícil controlar a estabilidade da moeda. Um exemplo foi o Terra Luna, que acabou com todo o seu valor de mercado em um tempo assustadoramente rápido.

Nesse caso, a Terra Luna era um outro tipo de stablecoin descentralizada, que chamamos de stablecoin algorítimica, ou seja, um algoritimo mantinha a moeda pareada com outra cripto (No caso a Luna), e ajustava o seu valor queimando essa moeda ou emitindo mais, de modo a sempre manter a terra a 1 dólar.

Entretanto, como visto, a moeda não foi capaz de fazer o reequilíbrio em tempo hábil e acabou colapsando.

Isto aconteceu por conta de uma desvalorização da moeda que fez com que todos tentassem retirar o que poderiam de fundos para conseguir superar o prejuízo, causando um efeito de cascata que terminou por arruinar mais de 60 bilhões de dólares em um tempo assustadoramente rápido.

O case da Terra Luna colocou em forte dúvida a viabilidade de um stablecoin descentralizada baseada puramente em um algoritimo.

 

Considerações finais

Como você pode ver, uma Stablecoin Descentralizada é a mesma coisa que uma stablecoin comum, mas lastreada em uma outra cripto ou em um algoritimo. Isto facilita bastante o trade principalmente em plataformas descentralizadas e situações semelhantes.

Mas é sempre importante entender que estas opções precisam ser escolhidas com cuidado para fazer parte do seu portfólio. E o ideal é sempre guardar a reserva de valor em uma criptomoeda original mesmo.

Desta maneira você evita problemas com possíveis emissões problemáticas e flutuações.

Até a próxima!

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