Bitcoin, a primeira moeda digital descentralizada do mundo, vem ganhando força na Argentina nos últimos anos.
A turbulência econômica do país, a alta inflação e os rígidos controles cambiais tornaram o Bitcoin uma opção atraente para muitos argentinos que procuram um refúgio seguro para suas economias.
Hoje estamos aqui exatamente para analisar um pouco mais do mercado do Bitcoin na Argentina.
O mercado do Bitcoin na Argentina
A economia argentina está em crise há vários anos. O país foi atormentado pela alta inflação, que chegou a 55% em 2019 e atualmente bate a casa dos 95%, e rígidos controles cambiais que dificultam o acesso dos cidadãos aos dólares americanos.
Isso levou à escassez de dólares no país, dificultando que as pessoas economizassem ou investissem seu dinheiro.
Nesse contexto, o Bitcoin surgiu como uma alternativa viável para muitos argentinos que buscam uma forma de proteger suas economias da inflação e dos controles cambiais.
A natureza descentralizada do Bitcoin significa que ele não é controlado por nenhum governo ou banco central, tornando-o uma opção mais estável do que o peso argentino.
A adoção do Bitcoin na Argentina foi impulsionada em grande parte pelo crescente número de empresas locais que o aceitam como forma de pagamento.
Em Buenos Aires, a capital, já existem vários bares e restaurantes que aceitam Bitcoin, além de várias lojas que vendem bens e serviços em troca da criptomoeda.
Além disso, a comunidade Bitcoin local também vem crescendo nos últimos anos. Atualmente, existem vários encontros e conferências sobre Bitcoin realizados no país, e o número de indivíduos e empresas envolvidas no ecossistema está aumentando.
A crescente adoção do Bitcoin na Argentina também foi impulsionada pelo surgimento de plataformas peer-to-peer (P2P), como LocalBitcoins.
Essas plataformas permitem que indivíduos comprem e vendam Bitcoin diretamente entre si, sem a necessidade de um intermediário central. Isso tornou mais fácil para as pessoas na Argentina acessar o Bitcoin, pois agora podem comprá-lo diretamente de outras pessoas, em vez de ter que passar por uma troca tradicional.
Problemas possíveis
No entanto, é importante observar que o uso do Bitcoin na Argentina tem seus desafios. O banco central do país emitiu alertas sobre os riscos associados ao uso do Bitcoin e há preocupações com a falta de regulamentação da criptomoeda no país.
Além disso, o FMI colocou como uma das condições para o último empréstimo feito ao país que esse se abstesse de incentivar o uso de Bitcoin e demais criptomoedas por supostos “riscos a estabilidade financeira global”.
Apesar desses desafios, a adoção do Bitcoin na Argentina provavelmente continuará crescendo nos próximos anos.
Os problemas econômicos do país e os rígidos controles cambiais provavelmente não serão resolvidos tão cedo, tornando o Bitcoin uma opção cada vez mais atraente para muitos argentinos que procuram proteger suas economias.
Considerações finais
Como você pode ver, o Bitcoin vem ganhando força na Argentina como um refúgio seguro para poupança devido à turbulência econômica do país, alta inflação e rígidos controles cambiais.
A descentralização do Bitcoin o torna uma alternativa estável ao peso argentino e sua crescente aceitação como forma de pagamento e o aumento de empresas locais que o aceitam o tornaram acessível a mais pessoas.